Ricardo Pais Mamede

Doutorado em Economia pela Universidade Bocconi (Itália), Mestre em Economia e Gestão de Ciência e Tecnologia pelo Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa (ISEG/UL), e Licenciado em Economia pela mesma instituição.

Professor Auxiliar e Subdirector do Departamento de Economia Política do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, onde lecciona desde 1999 nas áreas da Economia e Integração Europeia, da Economia Sectorial e da Inovação, e das Políticas Económicas.

É actualmente Director do Mestrado em Economia e Políticas Públicas do ISCTE-IUL.

Entre 2008 e o início de 2014 foi Coordenador do Núcleo de Estudos e Avaliação do Observatório do QREN. Foi Director de Serviços de Análise Económica e Previsão do Gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério da Economia e da Inovação em 2007 e 2008.

Membro do Dinâmia'CET (Centro de Estudos sobre a Mudança Socioeconómica e o Território).

Interesses de investigação: mudança estrutural e desenvolvimento económico, dinâmicas sectoriais e inovação, e políticas públicas.

Nascido em Coimbra em 1974.

 

Título: "A União Monetária Europeia: projecto utópico ou distópico?".

 

Resumo da comunicação: "Em As Cidades Invisíveis, Italo Calvino conta-nos a história de Perinzia, uma cidade edificada de acordo com os cálculos exactos dos astrónomos, de modo a reflectir a harmonia do firmamento. Pretendiam os seus fundadores que a graça dos deuses e as razões da natureza moldassem o destino dos habitantes da cidade. Porém, diz-nos o narrador, quem hoje visita Perinzia depara-se com uma cidade medonha, repleta de seres disformes e de gritos guturais. Confrontados com os resultados práticos da sua obra, os astrónomos que conceberam a cidade vêem-se agora forçados a fazer uma escolha difícil: ou admitem que os seus cálculos estavam todos errados; ou revelam que a ordem divina que quiseram reproduzir é exactamente aquela em que se transformou Perinzia. É difícil encontrar melhor metáfora para a União Económica e Monetária (UEM) europeia, mesmo não tendo sido essa a intenção de Calvino."

 

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